A Teoria da Consciência dos Relacionamentos e seus testes psicométricos foram desenvolvidos pelo terapeuta e psicólogo clínico, educador e autor Elias H. Porter, Ph.D. Na Teoria da Consciência dos Relacionamentos, o Dr. Porter integra diversos fluxos do pensamento psicológico. Em particular, em sua teoria, Porter reconhece o behaviorismo intencional de Edward Tolman, o empirismo de Kurt Lewin, a terapia centrada no cliente de Carl Rogers e as teorias neo-freudianas da personalidade de Erich Fromm e Karen Horney. A Teoria da Consciência dos Relacionamentos é um modelo de autoaprendizagem para um entendimento eficaz e preciso e uma inferência do motivo por trás do comportamento. A teoria se baseia em quatro premissas básicas:
A Teoria da Consciência dos Relacionamentos olha como nós estabelecemos e mantemos nossos relacionamentos, a fim de ter um sentido positivo de nós mesmos e do nosso valor como pessoa. A Consciência dos Relacionamentos dá às organizações e aos indivíduos a consciência e as habilidades que precisam para construir relações pessoais e profissionais mais eficazes. Ela ajuda a sustentar essas relações por meio da compreensão do Sistema de Valor Motivacional (MVS)™ próprio e dos outros sob duas condições:
A Teoria da Consciência dos Relacionamentos ajuda as pessoas a reconhecerem que elas podem escolher os seus comportamentos para acomodar os seus valores, levando também em conta os valores dos outros. Esta é uma maneira dinâmica e poderosa de olhar para as relações humanas e que ajuda na construção da comunicação, confiança, empatia, e relações produtivas.
Dentro da Teoria da Consciência dos Relacionamentos, Dr. Porter dividiu o processo em quatro ferramentas básicas a saber:
A seguir vamos conhecer um pouco mais sobre cada um delas:
A Teoria da Consciência dos Relacionamentos identifica sete temas gerais ou grupos de motivos, conhecidos como Sistemas de Valor Motivacional (MVS). Cada MVS pode ser rastreado através do trabalho de Freud e Fromm. A Consciência dos Relacionamentos® descreve-os em termos de esforços positivos para a manutenção da autoestima dos adultos em seus relacionamentos. O Dr. Porter foi o primeiro psicometrista conhecido por usar cores (vermelho, verde e azul) como atalhos para comunicar os resultados de um teste de personalidade.
Veja a seguir o quadro de cada MVS com suas respectivas cores:
Altruísta-Tutelar (Azul): Preocupação com a proteção, crescimento e bem-estar dos outros.
Assertivo-Diretivo (Vermelho): Preocupação com a realização da tarefa e preocupação com a organização de pessoas, tempo, dinheiro e quaisquer outros recursos para chegar aos resultados desejados.
Analítico-Autônomo (Verde): Preocupação em assegurar que as coisas sejam pensadas corretamente e preocupação em criar e manter a ordem.
Flexível-Coerente (Centro): Preocupação com a flexibilidade, preocupação com o bem-estar do grupo e preocupação com o entrosamento e com os membros do grupo.
Assertivo-Tutelar (Vermelho-Azul): Preocupação com a proteção, crescimento e bem-estar dos outros por meio da realização de tarefas e liderança.
Judicioso-Competidor (Vermelho-Verde): Preocupação com a assertividade inteligente, justiça, liderança, ordem e justiça na competição.
Cauteloso-Apoiador (Azul-Verde): Preocupação em afirmar e desenvolver a autossuficiência em si e nos outros e interesse no auxilio bem ponderado e justo.
O trabalho de Porter com conflitos, talvez seja sua contribuição mais significativa para o campo da psicologia. Com base em suas observações com clientes e investigação em cursos sobre os resultados de suas próprias psicometrias, ele afirmou: “Quando estamos livres para buscar nossas gratificações estamos uniformemente mais previsíveis, mas em face de conflitos contínuos ou oposição, sofremos alterações em nossas motivações que apontam para diferentes conjuntos de crenças e conceitos, que são, por sua vez, expressos nos mais diferentes traços de comportamento.” A descrição de Porter para a Sequência de Conflitos sugere que as pessoas experimentam alterações previsíveis em sua motivação, sequencialmente em até três etapas.
A Teoria da Consciência dos Relacionamentos afirma que uma das principais causas de conflito é o exagero ou o percebido exagerar nas relações de forças, porque as pessoas sentem estas forças exageradas como ameaças potenciais para a sua autoestima. Dr. Porter sugeriu que os filtros pessoais influenciam a percepção; que as pessoas tendem a usar os seus próprios valores motivacionais como um padrão ao avaliar o comportamento dos outros; e que os valores motivacionais de duas pessoas é a maior diferença entre eles, o mais provável é que cada um, perceba o comportamento do outro como exagerado.
A Teoria da Consciência dos Relacionamentos é uma teoria motivacional que aborda os motivos que estão por trás do comportamento cotidiano quando acontece um relacionamento entre pessoas. Como a teoria freudiana, ela assume que há um significado por trás de todo comportamento. Quando mudamos o foco de só olhar para o comportamento para olhar para o motivo por trás do comportamento, podemos obter uma compreensão mais clara de nós mesmos e dos outros. Na Teoria da Consciência dos Relacionamentos consideramos o comportamento da seguinte maneira: